sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O testemunho de quem já usa o Rebismart há dois meses

A nossa Patrícia Rangel de Lima foi das primeiras pessoas em Portugal a ter o Rebismart, o primeiro dispositivo electrónico para ministrar uma dose pré-definida de interferon beta-1a para o tratamento da esclerose múltipla.

Ela dá aqui o seu testemunho sobre este novo injector que lhe facilitou a vida, 3 vezes por semana, na toma do Rebif.

"Fui uma das primeiras doentes de esclerose múltipla em Portugal a ter acesso ao novo auto injector Rebismart.

Já tinha ouvido falar deste novo dispositivo electronico, inovador no modo como se ministra o Rebif, e a ansiedade era muita...

Há 6 anos que tomo Rebif (o mesmo tempo do meu diagnóstico) e nem sempre foi fácil pensar que, todas as 2ªs, 4ªs e 6ªs feira me tinha de injectar. Não era propriamente o medo de agulhas mas sim o facto de muitas vezes aparecerem os ditos vermelhões e caroços nos locais onde ministrava a injecção. Quando o líquido entrava doia... Parecia que o líquido era muito espesso.

Os efeitos secundários também não se faziam esperar. Sei que em algumas pessoas esses efeitos secundários passam depois de algum tempo mas eu continuo sempre a tomar Benurons para aliviar os efeitos gripais que, no meu caso, são arrepios de frio e dores musculares.

No dia em que recebi o auto-injector Rebismart encontrei-me com duas enfermeiras no Hospital onde sou assistida, no Hospital Amadra Sintra, em Lisboa: a minha enfermeira e a enfermeira da Merck. Foram elas que me deram todas as instruções para que aprendesse a lidar com aquele aparelho que mais parecia um telemóvel.

Na verdade, estava muito nervosa. Eram muitos passos para dar para apensas um injector mas as explicações pareciam fáceis.

Quando chegou a minha vez de fazer tudo tremia por todo lado. Claro que não consegui colocar bem o cartucho (sim, porque o injector funciona com um cartucho equivalente a 3 doses, que dão para a semana toda) e só ao fim da 3ª tentativa é que consegui fazê-lo como deve ser.

Fui para casa, ainda nervosa, mas quando chegou a altura de estar sozinha e ministrar a minha própria injecção não custou nada e fiz tudo certinho.

É muito mais fácil, não temos que contar até 10! Para além disso dói muito menos dar a injecção desta maneira porque podemos gerir o grau de profundidade da agulha na nossa pele, existe a opção de escolher o tempo que temos que dar a injecção (em 10 ou 20 segundos, por exemplo) e quando ligamos o aparelho ele avisa-nos a data e a hora a foi dada a ultima injecção.

Com este dispositivo até ja consigo dar a injecção na perna que, como o outro auto-injector era impossível porque me doía muito.

Mas o que me mais me impressionou neste novo aparelho foi mesmo o facto de não ter que andar á procura do local para dar a injecção porque onde quer que coloque o dispositivo não doi. Ou melhor, doi um bocadinho de nada quando a agulha entra. De resto, é 5 estrelas!
Agora só espero que este exemplo seja seguido com outros interferons ou mesmo com o acetato de glatirâmero para que mais portadores de esclerose múltipla possam ter os mesmos efeitos... positivos!

Patrícia Rangel de Lima
Lisboa, 10 de Setembro de 2010"

7 comentários:

ruca disse...

fico feliz por ti patricia e quer que isso seja o inicio para os outros laboratorios sigam o exemplo porque por vezes sofremos nomomento por atencipação antes de dar a injeção

Anónimo disse...

Obrigada Ruquinha. bjs

Anónimo disse...

Por vezes? Sinceramente, já tomo Rebif, há 4 anos. Ainda não me habituei. Não é própriamente pela injecção em si. É mesmo pelo injector!!... Porque é que o "desgraçado" tem que fazer aquele barulho? o "disparo" para mim, é super, hiper doloroso. Já não aguento. Estou a fazer exames, para iniciar os comprimidos. Não vejo a hora... Não quero saber, se vou ter mais dores de cabeça. Só não quero ouvir mais aquele disparo. Força
Manela

disse...

Eu hein... so de pensar no disparo da caneta aplicadora me dá calas frios!!! So uso qdo to inspiradissima pra aplicar na minha "poupança"...caso contrario vai na seringa mesmo!!!Depois de exibir minha mega caneta, confesso q fui um fracasso na utilização da mesma.
rs
Mas fico feliz por aqueles que tenham se dado bem c ela, eu particularmente nao sou mto adepta não!rsrs
bjo a todos.

Anónimo disse...

Eu injecto-me sem caneta (é muito mais fácil, não doi nada) introduzo a agulha á profundidade que quero e injecto o líquido á velocidade que eu quero para q não doa nada. Mas gostaria de experimentar o Rebismart. Bjs

Anónimo disse...

Pois eu sem caneta, nunca exprimentei.....Mas gosto muito do Rebismart. Vê com o teu Hospital.
Bjs Patrícia

Cristina disse...

Olá Patrícia, ainda bem que o dispositivo novo veio melhorar e muito o tratamento, espero que também aconteça com o Betaferon, porque acho que estou a ficar também traumatizada com o disparo da maquineta. Um beijo Cristina