Um neurologista da Rush University Medical Center, EUA, recebeu uma autorização do National Institutes of Health (NIH) para avaliar se a canela, uma especiaria amplamente usada na culinária, poderá parar o processo destrutivo da esclerose múltipla.
"Desde os tempos medievais, que os médicos têm usado a canela para tratar uma variedade de distúrbios, incluindo tosse, artrite e dores de garganta", disse, em comunicado de imprensa, o principal investigador do estudo, Kalipada Pahan, acrescentando que as "descobertas iniciais (que fizemos) em estudos realizados em ratinhos indicam que a canela pode também ajudar aqueles que sofrem de esclerose múltipla."
A activação das células gliais no cérebro tem sido implicada na patogénese de várias doenças neurodegenerativas além da esclerose múltipla, como Alzheimer e Parkinson. A activação das células gliais conduz a uma acumulação e segregação de factores de neurotoxina diferentes que causam diversas respostas auto-imunes causadoras de lesão cerebral.
"Essas reacções auto-imunes no cérebro levam, por fim, à morte dos oligodendrócitos, um tipo de célula cerebral que protege as células nervosas e a bainha de mielina. No entanto, a canela tem uma propriedade anti-inflamatória que combate e inibe a activação glial que provoca a morte das células cerebrais", explica Pahan.
Em estudos anteriores, Pahan foi capaz de demonstrar que o benzoato de sódio, um metabolito da canela, pode inibir a expressão de várias moléculas pró-inflamatórias nas células cerebrais e bloquear o processo da doença em ratinhos.
Diferentes doses de benzoato de sódio foram misturadas em água potável e administradas aos roedores. No modelo animal, a substância eliminou a pontuação de esclerose múltipla em mais de 70% e inibiu a incidência da doença em 100%.
Fonte: Life Sciences Computing
1 comentário:
Fantástico! Não há um único dia em que não coma canela. Adoro, no café!
Abraços a todos.
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