segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Novo tratamento para a esclerose múltipla

Efeitos colaterais a curto prazo não foram verificados
2010-01-22

Há um novo tratamento clínico que se revelou eficaz no combate à esclerose múltipla, pois reduz o agravamento e as recaídas desta doença inflamatória do sistema nervoso central.

De acordo com o estudo pulicado no New England Journal of Medicine, trata-se do Cladribine, o primeiro tratamento experimental que pode ser administrado por via oral para combater esta doença neurológica crónica, de causa ainda desconhecida. Este medicamento desenvolvido pelo grupo farmacêutico Merck Serono neutraliza o sistema imunitário, impedindo que este ataque o sistema nervoso central.
Gavin Giovannoni, líder do estudo


Ao longo de dois anos 1326 pacientes foram acompanhados neste estudo clínico, tendo sido sujeitos também a ressonâncias magnéticas. Os investigadores verificaram assim que com a administração do Cladribine, os efeitos colaterais causados pelas actuais terapias foram eliminados. Deste modo, é suficiente tomar os comprimidos num período de oito a dez dias por ano, evitando-se assim as injecções intravenosas às quais são submetidos actualmente os pacientes ao longo de todo o ano.

Os participantes do ensaio clínico que tomaram Cladribine tiveram menos 55 por cento de risco de recaída e menos 30 por cento de probabilidades de que a sua condição se agravasse do que o grupo tratado com placebos, fármacos inertes.

"A chegada do Cladribine, que não produz efeitos colaterais a curto prazo e é muito fácil de tomar, terá um importante impacto sobre o tratamento da esclerose em placas", afirma Gavin Giovannoni, da London School of Medicine and Dentistry, principal autor da investigação.


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Esclerose múltipla poderá ser tratada com comprimido?

Há um medicamento em ensaios clínicos que pode vir a ser o primeiro comprimido para a esclerose múltipla, escreveu ontem uma equipa de investigadores do Reino Unido na revista médica "New England Journal of Medicine".

A molécula cladribina (um agente anticancro, usado para tratar a tricoleucemia), parece ser capaz de reduzir "significativamente" a degradação neurológica e os episódios agudos da doença, adianta um comunicado da revista sobre o trabalho da equipa coordenada por Gavin Giovanonni, da London School of Medicine and Dentistry.

O estudo envolveu 1300 pessoas que sofrem de esclerose múltipla, durante dois anos, que tomaram esta droga oralmente.

Os resultados apontam para que o medicamento tenha de ser tomado apenas oito a dez dias por ano. Até agora, as drogas usadas para tratar esta doença eram apenas injectáveis.

Os pacientes que participaram no ensaio e tomaram a cladribina oralmente apresentaram 55 por cento menos probabilidades de sofrer um episódio agudo desta doença auto-imune que ataca o sistema nervoso, e 30 por cento menos hipóteses de sofrer um agravamento.

Fonte: Público


10 comentários:

Anónimo disse...

Essa é que era essa, pode significar a nossa "emancipação", aguardemos as próximas novidades, a nossa pele e manchas vermelhas... agradecem.
Tenho confiança que a ausência de agulhas vai ser uma realidade em breve...
Sérgio

loisa disse...

Vamos a ver, Sérgio! Era tão bom não termos de lidar com agulhas e manchas. Mas temos de nos lembrar que estes novos comprimidos tb têm os seus efeitos secundários.

Vamos manter a esperança! Luísa

Anónimo disse...

Ok, Luísa, efeitos secundários? por exemplo? é que a minha vontade, se assim fosse possível, era de alterar JÁ para os comprimidos. só de pensar que esta semana tenho que ir à farmácia buscar mais "umas caixinhas" do n/ amigo Interferão!!... que raiva... Manela

loisa disse...

Isso é q é vontade de ir para os comprimidos, Manela! É compreensível :)

Os efeitos secundários mais comuns são a diminuição dos globulos brancos num quinto dos pacientes num ensaio clínico, é também comum aparecer Zona (manchas na pele), uma infecção causada pelo virus do herpes q pode ser despoletada precisamente pq os comprimidos estão a baixar as defesas, há ainda o risco de cancro a mais longo prazo, enfim... é só escolher as "prendas".

Bem, como tudo, há mais pessoas a não ter estes efeitos secundários do q as têm, ainda por cima pq as doses vão ser as mais baixas possível, só o suficiente para ajudar a controlar a esclerose múltipla. Mas temos de nos lembrar q os interferões e o acetato de glatirámero estão com perfis de segurança elevados (têm estudo de 10 a 15 anos sem grandes efeitos secundários).

Como sempre, o melhor é falarmos com os nossos médicos! Obrigada pela dúvida, Manela. Vamos manter a esperança q um dia haja a cura!

Beijinhos para ti. Luísa

Afonso Freitas disse...

Olá!
Recebi um email (que reenviei para a minha lista de pessoal com EM) a falar do Fingolimod (também comprimidos). Fica aqui o link http://www.tvciencia.pt/tvcnot/pagnot/tvcnot03.asp?codpub=22&codnot=16
A minha pergunta é a seguinte: Estamos mais perto de poder beneficiar do Fingolimod ou do Cladribine (eles têm um valor percentual de eficiência idêntico)? Tenho a sensação que o Fingolimod chegará já no fim de 2010.
Tudo de bom e muita saúde!
Cumprimentos,
Afonso

loisa disse...

Obrigada pelo teu feedback, Afonso. Tens sempre imensa informação para partilhar com todos.

Segundo uma pessoa amiga e a minha médica, tenho a indicação que a Cladribina deve chegar primeiro que o Fingolimod. Aos poucos vamos tendo mais informações. Tudo de bom!

Anónimo disse...

Olá meus queridos amigos, é com muita alegria que espero o novo tratamento, pois quero dizer adeus a maldita "Lipoatrofia" já chega a que tenho não quero mais :(...
Quanto aos efeitos secundários, confesso que tenho imenso receio, mas ao mesmo tempo penso que andei a fumar (por agora deixei de fumar) durante mais de 15 anos e no maço de tabaco avisava que este provocava cancro e podia matar... Bom... Tudo provoca efeitos secundários não é verdade?
Vamos esperar com muita esperança de que este medicamento venha fazer-nos felizes e com mais qualidade de vida eheheheheheh... Beijocas a todos
Anabelas Rosado

Anónimo disse...

ola, espero que o novo metodo seja melhor, descobri que tenho EM fazem 5 meses, estou comm esperança, fiquem com Deus.

Anónimo disse...

Ontem falei com um medico que estuda a EM e disse me que a Novartis ja encontrou o tal medicamento que cura a EM esperemos que sim.

Um abraço

Ricardo disse...

Olá muito boa tarde a todos , eu chamo-me Ricardo , tenho 18 anos e sou do Porto.Vi o vosso site e gostei da vossa união ,tenho a minha mãe infelizmente com esclerose múltipla , ontem ocorreu um surto durante a noite que nos levou a destinar ao Hospital . Eu gostaria de ficar a par das consequências da doênça e tratamentos para uma vida melhor que é o que eu mais quero , eu sei que tenho informações disso tudo na internet , mas gostaria que me disponibilizassem um pouco do vosso tempo para me informarem as causas etc , para poder ficar orientado e não me assustar . Ontem quando fomos ao Hospital a minha mãe tremia , ir ao Hospital estava fora de questão para ela , mas eu via a dificuldade respiratória que tinha e achei melhor dirigir me com ela ao Hospital ,a minha mãe chegou ao ponto de ontem dizer que ia morrer , senti me triste , desesperado porque não posso fazer rigorosamente nada é triste mesmo .Obrigado e desculpem . Boa Tarde a todos Vós .