quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Fazendo do olho uma janela para o cérebro


Janela para o cérebro

Um simples e rápido exame ao olho pode estimar, com grande confiança, a intensidade dos danos cerebrais em pessoas portadoras de esclerose múltipla.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica crónica que destrói a mielina, uma camada que isola as fibras do sistema nervoso central, causando sintomas como visão embaçada, perda de equilíbrio e paralisia.

O exame ocular pode dar aos médicos informações sobre como a doença está progredir.

"O olho é uma janela para o cérebro. Medindo quão saudável o olho está, nós podemos determinar quão saudável o resto do corpo está," disse o Dr. Peter A. Calabresi, da Universidade Johns Hopkins (EUA), que coordenou o desenvolvimento do novo exame, que dura menos de cinco minutos.

Tomografia de coerência óptica

A equipe usou um exame chamado tomografia de coerência óptica para gerar imagens dos nervos no fundo do olho, aplicando um software especial que eles desenvolveram para estimar a condição de camadas profundas do tecido sensível à luz da retina, uma parte do olho até agora inacessível.

"Exames oculares não são caros, são realmente seguros, e são largamente usados em oftalmologia. Agora que temos evidências de seu valor preventivo na esclerose múltipla, poderemos usá-lo como uma ferramenta quantitativa para aprender mais sobre a progressão dessa doença, incluindo os danos aos nervos e a atrofia cerebral," disse Calabresi.

Novo enfoque para a esclerose múltipla

Calabresi afirmou que a nova técnica poderá mudar o enfoque tradicional que os médicos têm da esclerose múltipla, que há muito tempo é tida como uma doença autoimune que ataca uma proteína chamada mielina, que ser de isolamento para os nervos e os ajuda a enviar impulsos elétricos que controlam o movimento, a fala e outras funções.

O novo exame pode dar novas informações sobre a doença, uma vez que não há mielina nas partes profundas do fundo do olho.

Se o sistema imunológico está a atacar outras coisas para além da mielina, isso pode abrir novas pesquisas para o desenvolvimento de terapias contra os sintomas incapacitantes da esclerose múltipla.

"É realmente importante saber o que o sistema imunológico está a atacar," disse o pesquisador. "Os tratamentos de que dispomos hoje são apenas moderadamente eficazes, então talvez não estejamos a bloquear o tipo correto de células."


Fonte: Diário da Saúde

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Elisabete Jacinto no pódio do Rali de Marrocos

Elisabete Jacinto, piloto do Team Oleoban/MAN Portugal, conquistou o terceiro lugar da classificação geral da categoria camião na última etapa do Rali de Marrocos que terminou neste sábado.

Com este resultado, a formação lusa confirmou mais uma excelente prestação em competições de todo-o-terreno internacionais, o que lhe permite trazer para Portugal mais um importante troféu.

A piloto Portuguesa soma já, este ano, três troféus em provas internacionais.

“Estou orgulhosa por ter terminado mais uma corrida e, muito particularmente, por ter posicionado o nosso MAN no terceiro lugar à frente de todos estes protótipos.

 Se é verdade que em termos de categoria camião não podíamos ter feito melhor, é um facto que tenho pena de não ter entrado nos dez primeiros classificados da categoria camião auto. Mas para isso precisava de ter sido um bocadinho mais rápida na areia”, revelou Elisabete Jacinto após cruzar a linha de chegada.


O Gang da Esclerose Múltipla associa-se aos elogios pela prova efetuada e felicita Elisabete Jacinto pelo excelente resultado obtido.  A piloto Portuguesa é como sabemos uma apoiante do Gang da EM, tendo já participado em eventos que vamos organizando nesta nossa luta pela Esclerose Múltipla.


Dados encorajadores em estudo do Gilenya divulgados no 28º ECTRIMS

A Novartis AG anunciou novos dados, que reforçam o benefício de eficácia obtida na aplicação precoce e sustentada a longo prazo do Gilenya, a primeira terapia diária oral para o tratamento de formas reincidentes de esclerose múltipla. A análise mostra um benefício significativo do tratamento precoce com Gilenya.

Uma nova análise de dois grandes estudos de Fase III mostra que o tratamento com Gilenya 0,5 mg promoveu visíveis benefícios sobre recaídas dentro dos primeiros três meses, e sobre a perda de volume cerebral durante seis meses, em comparação com o placebo.

Os primeiros resultados do estudo observacional Pangaea na Alemanha indicam que 90% dos investigadores e 91% dos pacientes classificam o Gilenya, quanto ao sucesso do tratamento, definido pela eficácia e tolerabilidade, como bom ou muito bom.

"Entender o benefício de uma prescrição inicial é uma consideração importante para definirmos que esse tratamento precoce eficaz pode melhorar os resultados dos pacientes", disse o professor Ludwig Kappos, cadeira de neurologia do Hospital Universitário, Basileia, Suíça.

"Como primeira terapia oral de EM, este estudo reforça a alta eficácia e segurança de Gilenya a longo prazo", disse David Epstein, diretor da divisão de produtos farmacêuticos da Novartis Pharma AG. "Com estes dados que mostram um efeito benéfico no tratamento precoce em recaídas e perda de volume cerebral, Gilenya continua a mostrar resultados positivos para os pacientes e a Novartis mantém o compromisso de investigar necessidades não oferecidas pelos restantes medicamentos para a Esclerose Múltipla ".


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

PARLAMENTO - Verdes querem saber se há corte de medicamentos



O deputado de «Os Verdes», José Luís Ferreira, anunciou a entrega esta segunda-feira, na Assembleia da República, de uma pergunta sobre o alegado corte de medicamentos a doentes com esclerose múltipla, nomeadamente no Hospital de São João, no Porto.

O deputado questiona o Governo, através do Ministério da Saúde, sobre «que medidas vai tomar para que estes doentes não sejam prejudicados nas suas terapêuticas?».

No texto entregue na Assembleia da República, José Luís Ferreira refere que «vários doentes com esclerose múltipla, que são seguidos no Hospital de São João ¿ Porto (HSJ), estão a ser aconselhados a consultar o seu médico para alterarem a sua terapêutica».

«Esta situação, ao que apurámos, prende-se com a dívida que o HSJ tem para com o fornecedor do medicamento REBIF e de o Conselho de Administração não ter encomendado o respetivo medicamento», diz o deputado em declarações à agência Lusa.

«Os Verdes» querem saber «porque razão têm de ser os doentes a pagar com a sua saúde o diferendo que opõe o Conselho de Administração do HSJ à empresa fornecedora do medicamento».

Segundo a empresa fornecedora, citada por aquele deputado, «não há qualquer género de restrição ao fornecimento do seu medicamento ao Centro Hospitalar de São João, EPE» e alerta para o facto de a «alteração da medicação em doentes controlados poder provocar alterações significativas e por vezes irreversíveis do nível de saúde do doente».

O grupo parlamentar de «Os Verdes» tem questionado e alertado para «a especificidade do tratamento desta doença, pois cada doente é um caso específico, e para os fármacos, as suas dosagens e as diversas formas de administração», considerando que «o condicionamento ao acesso dos medicamentos necessários aos doentes com esclerose múltipla é uma violação do direito de acesso universal e equitativo aos cuidados de saúde».

Fonte: tvi24

A Biogen Idec apresentou no 28º ECTRIMS o BG-12 uma nova terapia oral (fumarato de dimetilo)


O desenvolvimento de fármacos orais é um dos avanços no tratamento da Esclerose Múltipla. Neste sentido, a Biogen Idec apresentou o BG-12 (dimetilfumarato...DMF), uma comprimido que atualmente está já sob revisão pelas autoridades reguladoras dos Estados Unidos, União Europeia, Austrália, Canadá e Suíça.

Durante o Congresso ECTRIMS foram apresentados dados que reforçam a eficácia clínica, segurança e tolerabilidade em pacientes com esclerose múltipla recidivante-remitente da esclerose múltipla (EMRR). Estes dados provém da Fase III DEFINE e CONFIRM, cujos resultados foram publicados recentemente no New England Journal of Medicine (NEJM).

No estudo DEFINE, uma empresa global de ensaios clínicos com duração de dois anos, foi avaliado DMF (240 mg. Nos dois regimes de dosagem ministrada 2 (BID) e 3 (TIB)) versus placebo em pacientes com EMRR. Os resultados mostraram que tanto o DMF como TIB Bank, reduziram significativamente a proporção de pacientes que tiveram surtos em dois anos, em 49% e 50%, respectivamente. Além da eficácia, DMF também demonstrou uma boa segurança e tolerabilidade.

Num outro estudo também investigaram a eficácia de DMF (240 mg., BID ou TID) versus placebo em pacientes com EMRR. Este estudo incluiu ainda um comparador ativo com o acetato de glatiramer (GA, 20 mg. Diário injecção subcutânea...Copaxone). Os resultados mostraram que tanto o BID e TID DMF reduziram significativamente a taxa de reincidência anual (TAB) em 44% e 51% respectivamente, em comparação com o placebo. Além disso, ambos os regimes de dosagem cumpriram todos os objectivos secundários relacionados aos surtos com imagens captadas em ressonância magnética (RM). 


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Primeiro encontro de associações de doentes promove partilha de boas práticas


Associações de doentes de diferentes áreas vão reunir-se no dia 20 de Outubro, em Lisboa, no Hotel Tryp Oriente, para partilhar boas práticas e experiências, num encontro que permitirá a interacção entre entidades com diferentes níveis de experiência no contacto com os media, o público em geral e as entidades governamentais.

Este encontro estabelecerá parcerias entre as várias instituições presentes e dará a conhecer as associações mais recentes. Serão oito as associações de doentes que marcarão presença no evento: Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM), Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM); Associação Portuguesa de Doentes Neuromusculares (APN), Associação Portuguesa das Doenças do Lisossoma (APL), Associação Raríssimas, FH Portugal – Associação Portuguesa de Hipercolesterolémia Familiar e Associação Nacional de Doenças da Tiróide (ADTI).

Celeste Campinho, presidente da ADTI, uma associação fundada no início deste ano, considera que “para as associações mais recentes, como é o caso daquela que represento, é muito importante poder aprender com outras entidades semelhantes, que enfrentam o mesmo tipo de problemas, mas que têm mais experiência a lidar com as entidades governamentais, na promoção de campanhas de sensibilização e que conhecem as melhores formas de chegar ao público em geral e aos meios de comunicação social”.

A presença nas redes sociais e na Internet e as suas potencialidades será um dos temas em destaque. Segundo um estudo divulgado pela Comissão Europeia, os portugueses que acedem à Internet a nível particular fazem-no sobretudo em busca de informação sobre saúde e, de acordo com a 4ª vaga do barómetro “Os Portugueses e a Saúde”, a Internet vem logo depois do médico no ranking de fontes a que a população portuguesa recorre quando procura informação relacionada com a saúde.

Fonte: RCM Pharma

AUBAGIO reduz reincidência de surtos e incapacidade causada pela Esclerose Múltipla



A Genzyme, uma companhia Sanofi, anunciou novos dados do estudo de fase III TOWER. 

Neste estudo ficou demonstrado que a taxa de reincidência anual e progressão da incapacidade em doentes com formas recidivantes de esclerose múltipla diminuíram quando tratadas com AUBAGIO® 14mg, oral, dose única diária.

Além disso, a proporção de doentes tratados com AUBAGIO® que estavam livres de novos surtos foi significativamente maior em comparação com o placebo.

O TOWER (teriflunomida oral em pessoas com esclerose múltipla recidivante) é um estudo aleatório, de fase III que envolveu 1.169 pacientes com esclerose múltipla em 26 países e comparou o tratamento com AUBAGIO 7 mg ou 14 mg uma vez ao dia, como alternativa ao placebo.

Para mais informações, o comunicado de imprensa da farmacêutica está disponível na íntegra (em inglês).

Fonte: Genzyme e RCM Pharma

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Hospital de S. João muda medicação de doentes com Esclerose Múltipla


O Hospital de S. João, no Porto, está a mudar a medicação de doentes com esclerose múltipla de forma coerciva. 

Na origem do caso estará um diferendo com o laboratório Merck que fornece um dos fármacos fundamentais no tratamento, o Rebif.

Tanto pacientes como especialistas assumem que a situação é muito grave, já que põe em causa a estabilidade dos doentes.





A farmacêutica colocou um processo contra este hospital do Porto, que deve mais de meio milhão de euros de medicamentos usados em 2011 nas áreas da esclerose múltipla, oncologia e hormonas de crescimento.
Na base deste processo, está o facto de o Hospital de S. João se recusar a fazer a fazer um plano de pagamento de dívidas antigas como está previsto na Lei dos Compromissos.

Em consequência desta decisão, vários doentes com esclerose múltipla já foram avisados que terão de ir ao seu médico e trocar de medicação.

Fonte oficial deste hospital confirma que deixou de comprar medicamentos a esta empresa relacionados com esclerose múltipla, mas garante que estes vão continuar a ser tratados com a mesma substância activa de outra marca.

O presidente da farmacêutica em Portugal disse estar "estupefacto" com esta decisão, "porque estamos a falar de doenças muito graves".

"Parar as encomendas é uma ameaça muito séria para a saúde dos doentes", acrescentou Fritz Sacher, que entende que se poderá estar perante uma forma de pressão sobre a Merck.

Fritz Sacher adiantou ainda que o processo ao Hospital de São João "foi o último recurso, porque temos de assegurar que somos capazes de garantir o fornecimento de medicamentos no futuro aos nossos doentes".
"Só o podemos garantir se formos pagos ou sabemos conseguirmos saber quando somos pagos", concluiu este responsável da Merck

Fonte: rcmPharma, TSF

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Novo Tratamento Potencial para doenças autoimunes baseado na Mãe Natureza


De acordo com Thomas F. Tedder, PhD, investigador e professor de imunologia da Duke University Medical Center (Carolina do Norte, EUA),  quando se reproduz um tipo raro de célula B no laboratório e  se o introduz novamente no corpo, pode conseguir-se um tratamento eficaz para graves doenças auto-imunes como a esclerose múltipla ou a artrite reumatóide.

Os resultados, que foram demonstrados em ratos, realçaram as propriedades únicas de um subconjunto de células B que normalmente controlam os limites em que um organismo erroneamente ataca o seu próprio tecido saudável.

As células B são o componente do sistema imunitário que gera anticorpos, que combatem agentes patogénicos como bactérias e vírus. No entanto, um pequeno subconjunto de células B, chamadas células B reguladoras, funcionam para suprimir a resposta autoimune. Estas células B são caracterizados por uma proteína de sinalização celular chamada interleucina-10 (IL-10), dando-se a estas células B, de regulação, o nome de células B10.

"Como as células B10 são extremamente raras, era importante encontrar uma solução viável para reproduzir essas células fora do corpo de modo a torná-las disponíveis quando necessárias" disse Tedder.

O pesquisador descobriu que as células B10 podem ser isoladas a partir do corpo e que ainda assim mantem intacta a sua capacidade para regular as respostas imunes. Além disso, elas podem ser reproduzidas em grande número. "células B normais geralmente morrem rapidamente quando cultivadas, mas conseguimos já expandir os seus números cerca de 25 mil vezes.

Entretanto, nas raras células B10, foi possível expandir os seus valores quatro milhões de vezes. "Conseguimos obter as células B10 de um rato e aumentá-las numa cultura ao longo de nove dias, por forma a podermos tratar eficazmente 8.000 camundongos com doença auto-imune", disse Tedder.

Quando uma pequena quantidade de células B10 foram introduzidas em ratos com esclerose múltipla, os seus sintomas foram significativamente reduzidos.

Tedder disse ainda: "Aqui, nós estamos a trabalhar com o que a Mãe Natureza já criou, melhorando-o através da expansão das células fora do corpo e depois recolocando-as de volta, para deixar a Mãe Natureza voltar ao trabalho."

O trabalho foi divulgado a 14 de outubro de 2012, na revista Nature.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Será que todos nós desenvolvemos Formas Progressivas de Esclerose Múltipla?


Esta é uma questão que se esconde nas mentes de muitas pessoas diagnosticadas com EM remitente-recorrente (EMRR). Para muitos, cada pontada traz a preocupação de que este é o começo de progressão secundária-progressiva (EMSP).
Nova pesquisa indica que, à medida que avança na idade com EMRR, podemos não ter de nos preocupar com este agravamento.

Estima-se que 85% de pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla (EM) são inicialmente diagnosticada com EMRR. Algumas dessas pessoas irão eventualmente desenvolver secundária-progressiva, que se caracteriza por uma progressão mais estável de sintomas, de incapacidade e diminuição ou nenhuma recaídas .

É usual supor-se que 80 a 90% de pessoas com EMRR acabariam por desenvolver EMSP dentro de 25 anos (50% em 10 anos) de diagnóstico, embora portadores de EM não tenham sido acompanhados por um período de tempo suficiente para saber realmente se estes valores se comprovam.

A EMSP é diagnosticada quando uma pessoa que foi inicialmente diagnosticada com EMRR, tem agravamento dos sintomas e/ou invalidez, sem recaídas durante 6 meses ou mais.

Pesquisadores da Turquia, Líbano e dos EUA procuraram determinar a percentagem de pessoas com EM reincidente-remitente que nunca vai desenvolver secundária progressiva. Eles combinaram duas bases de dados de pessoas que vivem com EM, a fim de obter a informação. Dessas pessoas, cerca de 30% tinham feito algum tipo de terapia modificadora da doença.

Os pesquisadores descobriram que a nossa idade afeta as probabilidades de desenvolver esclerose múltipla progressiva. A EMSP costuma ser diagnosticada numa idade média de 45 anos, com variação de mais ou menos 10 anos, independentemente de quando as pessoas são diagnosticadas com EMRR. Curiosamente, a forma primário-progressiva também tende a ser diagnosticada com a mesma idade.

O que significa o "efeito idade" em termos de risco de desenvolver EMSP?

Embora pareça lógico que quanto mais tempo você vive com EMRR, mais perto você pode estar de ela se começar a converter em EMSP. Uma vez que você tenha mais de 45 anos, este não parece ser o caso. Na verdade, o oposto é mais verdadeiro.
Quando uma pessoa com EMRR tenha mais de 45 anos, o risco de derivar para a forma EMSP cai para 35%.

Uma pessoa com mais de 50 apenas tem um risco de 20% de desenvolver EMSP.

Depois dos 60 anos, o risco de EMSP cai para 7%.

Depois de 75 anos de idade, se uma pessoa com EMRR não desenvolveu EMSP, é extremamente improvável (menos de 1% de probabilidade) que irá desenvolver EMSP.

Com base nos dados, os investigadores estimam que entre 38-43% das pessoas com EMRR nunca irá desenvolver SPMS, até completarem 75 anos de idade.

Esta acaba por ser uma boa notícia para aqueles que estão na meia-idade e com EMRR.

O facto do risco de desenvolvimento para esta forma progressiva continuar a diminuir à medida que a idade avança, pode ser encarado como um dos efeitos colaterais positivos do envelhecimento.

Congresso ECTRIMS 2012





Agora que terminou mais um congresso Europeu da ECTRIMS (Comité Europeu para a Pesquisa e Tratamento da Esclerose Múltipla) disponibilizamos aqui alguns vídeos dos temas que foram debatidos.



Terapias Emergentes e Estratégias de Tratamento Alternativos




Lançar Alguma luz sobre a Vitamina D e a Esclerose Múltipla




ECTRIMS 2012: Reparação e Neuroproteção




Abordagem às Formas Progressivas de Esclerose Múltipla



Células raras podem servir para tratar Esclerose Múltipla



Linfócitos do tipo B10 foram usados em ratos com resultado s positivos.

Investigadores do Centro Médico da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriram que um raro tipo de linfócito (célula do sistema imunitário) pode ajudar no tratamento de doenças auto imunes graves, como esclerose múltipla e artrite reumatóide.

O estudo, publicado na revista "Nature" deste domingo (14 de Outubro), aponta que as células foram reproduzidas em laboratório e inseridas novamente em organismos de ratos doentes, com resultados positivos.
As células estudadas, um subgrupo dos linfócitos chamados de B10, são encontradas em pequena concentração nos organismos. Elas são, no entanto, importantes para controlar inflamações e o processo auto imune, de acordo com a pesquisa.

As células B10 produzem uma proteína, a chamada IL-10, que ajuda a controlar a resposta do sistema imunitário durante infecções, reduzindo danos causados deliberadamente a tecidos do corpo, segundo a pesquisa.

Ratos com sintomas de esclerose múltipla receberam linfócitos B10 no seu organismo. Após algum tempo, os efeitos da doença foram reduzidos de forma substancial, quase eliminando o distúrbio, de acordo com o estudo.

"Células B regulatórias são uma nova descoberta que ainda estamos começando a entender", afirma o autor da pesquisa, o professor de imunologia Thomas Tedder, à revista "Nature". Para ele, as células B10 são importantes porque garantem que a resposta do sistema imunitário não saia do controle, resultando em destruição de tecidos e outros efeitos de doenças autoimunes.

"Este estudo mostra pela primeira vez que há um processo que determina quando e como estas células produzem IL-10", afirma Tedder. A descoberta é que a célula B10 responde a tipos específicos de antígenos - quando isso ocorre, estes linfócitos e suas proteínas agem para desativar outros tipos de células do sistema imunitário que poderiam causar destruição de tecidos do organismo.

Os cientistas descobriram que, mesmo sendo reproduzidas em laboratório, as células B10 obtidas de ratos mantém sua capacidade de controlar o sistema imunitário. Os próximos passos do estudo incluem entender como funciona a reprodução de linfócitos B10 humanos e determinar se o uso terapeutico das células terá o mesmo efeito que o ocorrido em ratos.


domingo, 14 de outubro de 2012

Conferência ECTRIMS 2012 revela nova e promissora medicação para a Esclerose Múltipla Secundária Progressiva.

Nova medicação para Esclerose Múltipla Secundária Progressiva

Detalhes da pesquisa de um medicamento que pode ajudar as pessoas com esclerose múltipla secundária progressiva desenvolvido na Nova Zelândia pela companhia biofarmacêutica Innate Therapeutics, está a ser um dos destaques no encontro mundial anual de especialistas em esclerose múltipla e empresas farmacêuticas, ECTRIMS, em Lyon, França.

O investigador principal Dr. Alison Luckey, falou sobre o resultado dos estudos 1B/2A da sua droga MIS416 nas conferência do ECTRIMS.
Foi divulgado que os resultados da Fase 1/2 dos ensaios clínicos têm mostrado ser bem tolerado o MIS416 e foi identificada uma dose clínica para avaliação.

"Para a maioria dos médicos e investigadores internacionais em Esclerose Múltipla esta será a primeira vez que ouviram falar sobre esta nossa droga, que tem estado em testes em estágio inicial e é de realçar a importância de que os primeiros resultados são muito animadores".

Estamos gratos pelo apoio da National MS Society dos Estados Unidos no ECTRIMS, especialmente para a credibilidade e validação do nosso programa ".

Durante o estudo apresentado no ECTRIMS,  revelou-se que 8 dos 10 pacientes com Esclerose Múltipla Secundária Progressiva tratada com MIS416 durante 12 semanas, apresentaram melhorias significativas nos seus sintomas.

A farmacêutica pretende agora recrutar em 2013, um grupo de pacientes com esclerose múltipla para um estudo de 12 meses de fase 2B para investigar a sustentabilidade das melhorias verificadas no primeiro estudo.

"Pretendemos realizar a maior parte do próximo estudo na Austrália, para aproveitar a disponibilidade que este país com um maior numero de portadores de EM oferece. Se conseguirmos dinamizar o apoio local seria proveitoso também ter locais de ensaio na Nova Zelândia.
Estamos agora empenhados em conseguir os 10 milhões de dólares de que precisamos para executar esse estudo nesta fase 2B. Estamos muito esperançados em que esta nossa apresentação no ECTRIMS 2012 nos vai ajudar nessa nossa pretensão. "


sábado, 13 de outubro de 2012

Uma Nova Visão Sobre Alterações Cognitivas na Esclerose Múltipla

Pesquisadores do Trinity College de Dublin, em colaboração com colegas do Departamento de Neurologia da Universidade de St Vincent Hospital e da University College de Dublin têm revelado novos indicadores sobre alterações cognitivas na esclerose múltipla, usando métodos de processamento de sinais desenvolvidos recentemente.

A pesquisa multidisciplinar envolveu neurologistas, engenheiros biomédicos e neuropsicólogos. O seu objectivo é avaliar o agravamento cognitivo que afecta cerca de 65% dos portadores de esclerose múltipla (EM) e pode ocorrer mesmo na ausência de deficiência física.

Disfunções na velocidade de processamento de informação, funções de memória, atenção e executivo são  frequentemente observados em pacientes com EM, o que tem um impacto negativo sobre a vida quotidiana. É importante identificar o prejuízo cognitivo tão cedo quanto possível e monitorizar o seu percurso frequentemente. No entanto, testes neuropsicológicos para avaliar a função cognitiva são realizados com pouca frequência e não fornecem uma informação objetiva do agravamento cognitivo.

Foi agora efectuada uma nova abordagem á análise das alterações cognitivas, através do desenvolvimento de novos métodos matemáticos para extrair informações do couro cabeludo, com eletroencefalografia (EEG), informações que permitem a medição objetiva da função cognitiva em intervalos mais frequentes e oferece ainda novos dados sobre as origens desta deficiência cognitiva na EM.

Os resultados foram publicados no jornal online PLoS ONE .


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Estatina pode diminuir Esclerose Multipla Progressiva

Divulgados resultados de um estudo com altas doses de sinvastatina (Zocor) que reduziu significativamente a atrofia cerebral e retardou em pelo menos dois anos o avanço de deficiência em pacientes com esclerose múltipla secundária progressiva.

Nesse estudo levado a cabo por Jeremy Chataway, Doutorado da University College London em Inglaterra, com 140 pacientes randomizados, os pacientes que receberam 80 mg/dia de sinvastatina tiveram uma taxa anual de perda de volume cerebral de apenas 0,298%, em comparação com 0,589% entre os que receberam placebo (P = 0,003).

Verificaram-se tambem reduções significativas na progressão da incapacidade, medidas pelo EDSS ( método de quantificação de deficiência na esclerose múltipla) e pelo MSIS (Índice de Impacto da esclerose múltipla) , durante o decorrer do estudo, que foi revelado aos participantes na reunião anual do Comité Europeu Para Tratamento e Pesquisa da Esclerose Múltipla.

Fonte: msrc.co.uk/

Associações de Doentes com Esclerose Múltipla entregam petição na Assembleia da República por tratamento adequado



A  ANEM (Associação Nacional de Doentes com Esclerose Múltipla), a SPEM (Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla) e a TEM (Associação Todos com a Esclerose Múltipla), acabam de entregar na Assembleia da República uma petição, subscrita por mais de 5 mil cidadãos, em defesa do tratamento adequado de todos os doentes que sofrem desta patologia em Portugal.

As três associações consideram inaceitável o facto de haver doentes com Esclerose Múltipla no país que não estão a receber tratamento adequado em hospitais que pertencem ao Serviço Nacional de Saúde. A subscrição da petição por parte de mais de cinco mil cidadãos vai permitir que esta questão seja submetida a apreciação em Plenário da Assembleia da República.

Manuela Neves, Directora da SPEM e porta-voz da ANEM e TEM explica que “existem no mercado seis medicamentos aprovados para a primeira linha de tratamento para a Esclerose Múltipla. No entanto, em cada vez mais hospitais do SNS está a ser prescrito um único fármaco a todos os doentes, ainda que possa não ser o adequado a cada caso. A escolha, baseada em critérios económicos e não clínicos, recai no medicamento mais barato, sem atender às necessidades específicas de cada doente.

”As associações de doentes consideram ainda que “esta medida, muito grave para os portadores de Esclerose Múltipla, está a ser aplicada a doentes recém-diagnosticados em vários hospitais do país, descriminando-os no acesso ao tratamento adequado” e deixam uma denúncia:

“Sabemos que este comportamento se está a estender a cada vez mais hospitais e estamos a tentar combatê-lo. A entrega desta petição tem como objetivo levar a Assembleia da República a debater este problema em plenário para que cheguemos, finalmente, a uma solução e os doentes sejam tratados adequadamente como eram até agora”.      
 A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória, crónica e degenerativa do Sistema Nervoso Central. Esta patologia afecta cerca de 6 mil portugueses e mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal surgem cerca de 300 novos casos por ano.


Reabilitação na Esclerose Múltipla

Ainda que não sendo um trabalho novo, mantém-se muito actual e o interesse do tema é por demais pertinente.

O Gang da Esclerose Múltipla agradece e aplaude o empenho da Srª. Enfª Alda Melo, dos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC), na elaboração destes vídeos que se revertem do maior interesse, sendo um inestimável auxílio para todos os que padecem desta doença.


Reabilitação na Esclerose Múltipla I

 


Reabilitação na Esclerose Múltipla II




 

Reabilitação na Esclerose Múltipla III






Em nome do Gang da EM,

Muito Obrigado, Enfermeira Alda Melo

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Mais um passo no controle de inflamação que provoca a Esclerose Multipla



Um pesquisador da Universidade de Adelaide publicou resultados que sugerem um novo mecanismo para controlar a esclerose múltipla (EM).

Iain Comerford, da Universidade da Escola de Ciência Molecular e Biomédica, recebeu uma bolsa do Governo Australiano para trabalhar neste projeto.

O estudo é direcionado para a compreensão de como as enzimas específicas em células do sistema imunológico regulam a ativação de células imunes e a sua mutação. 

O investigador centrou-se numa molécula conhecida como PI3Kgamma, que está envolvida na activação e movimento das células brancas do sangue.

 A equipa demonstrou que, duma alteração genética e eliminada essa molécula particular, resulta uma elevada resistência ao desenvolvimento da encefalomielite auto-imune experimental (EAE) e, por conseguinte, proteção contra os danos do sistema nervoso central,  típico da esclerose múltipla.

 A presença da referida molécula resulta em inflamação na medula espinhal e perda de mielina. A droga suprimiu o desenvolvimento da EAE e reverteu os sinais clínicos da Esclerose Multipla.


domingo, 7 de outubro de 2012

Tratamento de Infertilidade aumenta risco de exacerbação na Esclerose Múltipla


Uma pesquisa recente revela que o tratamento para a infertilidade a que algumas mulheres se possam submeter, pode aumentar muito o risco de agravamento na Esclerose Múltipla.

Foi associado um aumento de sete vezes no risco de exacerbação da EM e um aumento de nove vezes na visualização da actividade da doença em Ressonância Magnética.

Evidências médicas mostram que o hormona sexual envolvidos na ovulação (GnRH) hormona libertadora de gonadotrofina) desempenha um papel importante no desenvolvimento de doenças auto-imunes.

Quando esclerose múltipla e infertilidade coincidem, as pacientes procuram tratamentos de infertilidade para conseguir a gravidez.

Dado o papel de alguns hormonas reprodutivos nas doenças auto-imunes, as mulheres portadoras com tratamentos de infertilidade aumentam grandemente o risco de agravar a sua doença.

Fonte: Medical News Today