quinta-feira, 21 de junho de 2007

CÉLULAS ESTAMINAIS

Cientistas dizem estar perto da cura da esclerose múltipla
- A equipe trabalha no projeto há três anos -
Carla di Bonito

Cientistas italianos dizem que podem estar se aproximando da descoberta da cura para a esclerose múltipla, doença que atinge o sistema nervoso central. A terapia, desenvolvida por cientistas do Instituto San Raffaele de Milão, se baseia na tentativa de recompor a mielina, substância que falta às vítimas da doença. Em condições ideais, a mielina reveste as fibras nervosas do cérebro, mas nos pacientes de esclerose múltipla - também conhecida como doença desmielinizante - a lesão à camada de mielina provoca distúrbios na transmissão dos impulsos nervosos. O tratamento vem sendo desenvolvido há três anos pela equipe do instituto chefiada pelos cientistas Gianvito Martino e Angelo Vescovi e consiste em injetar células nervosas, chamadas de neurais estaminais, diretamente na veia ou no cérebro.

Cinco anos
"As células neurais estaminais são levadas para todo o sistema nervoso, e uma vez que chegam às zonas lesadas começam a se transformar em células que produzem a mielina. Somente as zonas inflamadas, ou onde existe algum dano, captam essas células reparadoras", explica Martino. Os médicos italianos deverão começar a fazer os testes da nova terapia em macacos em alguns meses. Se os experimentos derem certo, em cinco anos, a técnica poderá ser testada em seres humanos. A esclerose múltipla atinge principalmente pessoas entre 20 e 30 anos e é resultado da destruição desse revestimento das células nervosas, o que impede a comunicação entre essas células e, com isso, o funcionamento normal do cérebro.As terapias usadas até hoje são baseadas principalmente no uso de medicamentos que apresentam uma eficácia limitada e efeitos colaterais. "Até agora, as terapias para esse tipo de doença se concentravam em destruir as células, por assim dizer, enlouquecidas do sistema imunológico. Mas esse novo estudo tem uma abordagem diversa e se baseia na reconstrução da mielina", afirma Martino. O cientista também afirma que ainda não foi registrado nenhum efeito colateral, mas ressalta que isso não significa que a nova terapia terá sucesso garantido."Quando esses experimentos começarem a ser feitos no homem nós usaremos a princípio células nervosas de fetos, já que o transplante ainda não é possível e poderia haver rejeição por parte do organismo."

Otimismo
Apesar disso, os dois médicos dizem que as perspectivas até agora são boas. Segundo eles, a introdução dessas células no organismo não seria um processo tão complexo, já que não será necessário manipular as celulas neurais depois do implante. "Nós implantamos essas células exatamente como elas são e não precisamos nem instruí-las nem implantá-las no lugar da lesão, deixamos que elas corram livremente procurando a parte inflamada ou lesada. Essas celulas têm por natureza como principal função a de reparar danos", explica o professor Angelo Vescovi. Segundo os pesquisadores, até hoje era impensável o uso de células neurais como forma de cura para uma doença tão complexa como a esclerose múltipla. Embora a causa da doença ainda seja desconhecida, sabe-se que os sintomas podem ser aliviados com medicamentos se for feito um diagnóstico precoce.

Fonte: link

Para saberes mais consulta:

segunda-feira, 18 de junho de 2007

MS Together - Video sobre Esclerose Múltipla

Clip do DVD MS Together para pessoas com Esclerose Múltipla, publicado pela MS Trust em Setembro de 2005. A ideia do autor foi produzir um video que pudesse informar e educar aqueles que foram recentemente diagnosticados. Ele aprendeu, por exemplo, que é muito provável que um médico de família, normalmente o primeiro contacto das pessoas com o serviço de saúde, só se depare com um caso de EM durante toda a sua carreira.

Mas isto está a mudar, todas as semanas aparece pelo menos 1 caso novo de EM em Portugal... A contagem de pessoas diagnosticadas no nosso país ultrapassa as 5.000, mas todos sabemos que esse número é bem maior se contabilizarmos os que não sabem que têm a doença. Esperemos que com a melhoria dos recursos tecnológicos e informáticos mais e melhor informação possa ser transmitida via internet. Cá a esperamos e retransmitimos tudo para vocês!

Aqui fica o vídeo traduzido, é só carregar no botão do play para iniciar:



Publicado e legendado com a autorização do Multiple Sclerosis Trust [http://www.mstrust.org.uk/]
Como surgiu o projecto do video (em Inglês): link

domingo, 17 de junho de 2007

PROTEÍNA TRAVA PROGRESSÃO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA

Investigadores da Stanford University School of Medicine descobriram que a proteína alphaB-crystallin é eficaz no combate à degeneração resultante da esclerose múltipla, bem como na reversão de alguns dos seus efeitos. Esta proteína não é usualmente encontrada no cérebro, mas sim no tecido ocular. Contudo, o corpo desenvolve o composto em resposta às células nervosas danificadas pela esclerose múltipla. O estudo, publicado na revista Nature, fez vários testes em ratos e concluiu que a injecção com a alphaB-crystallin reduz alguns dos efeitos associados à patologia e pode mesmo reverter a degeneração celular.
- Tovaxin -
Testemunho dum homem corajoso
“O meu nome é Tim e este é apenas um pouco da minha estória. Aconteceu tanta coisa que podia escrever um livro sobre estes últimos dois anos. Esta vacina parece ter conseguido travar a doença e teve o mesmo efeito noutras pessoas neste estudo.

… Estava no 3º ano da Faculdade quando me foi diagnosticada Esclerose Múltipla e não fui capaz de voltar à escola …

Caso clínico: EM com forma particularmente agressiva, vários ataques, sucessão rápida, sem remissão aparente.

Medicação prévia: Avonex 1 ano (continuaram ataques + ef. 2º (≈ a gripe) ð descontinuação
Pai (Bioestatístico)
- Fez pesquisa até 1992 e sintetizou aquilo que a pesquisa tinha de mais promissor
- Convence o doente a entrar num estudo ansiando que travasse a progressão da doença
Dr. Zhangó
- Médico q criou a vacina fez um estudo na Bélgica anos 90
- Depois de recrutado pela Baylor School of Medicine para continuar a sua pesquisa em Baylor, ele tratou 114 doentes no fim dos anos 90
Opexa Therapeutics
- Tovaxin excedeu as expectativas: Ambulatório, sem tubos, sem permanência na cama, 1h
- Resultados da Fase II: redução do número de surtos por ano em cerca de 90%
[Mais informação sobre Tovaxin aqui]
- Está actualmente a rever processo grupo 114 doentes originais e benefícios/segurança da vacina a longo prazo.
[Actualização: Fase IIb - estudo a decorrer de Maio 2006 a Setembro 2008, com 150 doentes - link. Parâmetros de avaliação: número de lesões activas na RM, carga lesional e número de surtos por ano]

Tovaxin

Vacina autóloga: Sangue ð s/ cel sang brancas + mielina H
Reacção ð replicação ð irradiação
Dose sufic = 1 dose = 45 milh de células
Irradiação = cel vivas n reproduzíveis
www.ihavems.com

“é 1 vacina autóloga, isto é, tiram algum do meu sangue filtram as células sanguineas brancas e juntam-nas à mielina humana- Aquelas que reagem à mielina são filtradas e replicadas. Assim que são suficientes para uma dose de vacina (45 milhões de células) estas células T comedoras de mielina, são irradiadas de modo a manterem-se vivas mas sem se poderem reproduzir. É isto a vacina” diz Tim.

Preparação da Vacina

1. Injectada mesmo na minha pele
2. Células T como invasoras (Objectivo principal)
3. Estes acs não só retiram as céllulas T da vacina como também eliminam todas as células T do mesmo tipo no corpo

“A vacina é injectada mesmo por baixo da minha pele e o corpo trata estas células T como invasoras e fabrica anticorpos para eliminar apenas estas células T específicas. Estes acs não só retiram as células T da vacina mas também eliminam todas as células T do mesmo tipo do meu corpo. Eliminando estas células destruidoras de mielina, Tovaxin pára a progressão da doença.
O corpo produz 2 a 3 trilhões de células de sangue por dia. Não tenho a certeza de quantas células de sangue brancas são produzidas por dia, mas se 1 ou 2 por milhão são causadoras de problemas, isso significa que pode haver centenas de milhões de células T reactivas à mielina flutuando na corrente sanguínea de alguém com EM. O desastre acontece quando o corpo produz muitas destas células T más. Ninguém sabe ao certo porque é q isto acontece, mas pode ser despoletado por uma infecção respiratória superior, ou por uma contipação ou qualquer outra resposta imune que leva o corpo a produzir células T que enganam a mielina, como sendo alguma coisa má.”

EM

Corpo produz 2 a 3 trilh de cel sang P/ dia
ü 1 - 2 por milhão causam problemas
ð centenas de milh de cel T reactivas à mielina
flutuando na corrente sanguínea
ü Acontece qdo o corpo produz muitas destas cel T más
ð 1 infeccão resp superior, 1 constipação, qq outra
resposta imune)
Acontece qdo o corpo produz muitas destas cel T más
Cel T invasoras
Estes acs n só retiram cel T (c/ tb eliminam t/ acs mm tipo corpo)
Tovaxin pára a progressão da doença

Objectivos EM

Eliminar 1 - 2 cel T / milhão n compromete o sist imune
Mas elimina todas as cel T q destroiem mielina ð 0 cel T ð Ausência de EM

Objectivos TOVAXIN

Testes sang regulares ð ver se necessitam dum choque pra manter os acs nivel suf eliminar as cel react mielina à medida q são produzidas
Mas elimina todas as cel T q destroiem mielina ð 0 cel T ð Ausência de EM
1. 30-40% do dano causado pelos ataqes é reversível?
2. O corpo repara-se a ele próprio, à medida que os ataques param
3. Ajudo-o fazendo muito exercício e actividades que melhorem as minhas pobres aptidões motoras

Tim + EM

Antes
“Estou a fazer coisas que n era capaz qdo tinha a doença.
Quando comecei a vacina os meus pais tinham q cortar-me a carne e darem-ma na boca.
Já não me importo + em ir às compras ou jantar num restaurante
Quando saía, antes de começar com a vacina as pessoas ficavam “parvas” a olhar pra mim e por causa do meu andar inseguro, algumas pessoas vinham ter comigo acusando-me de estar bêbado”
Hoje
“Eu consigo tirar a pele a camarões
Constatar de que posso novamente fazer alguma coisa significativa tal como pelar camarões faz-me realmente feliz.
Pergunto-me porque é que as pessoas ficavam tão excitadas por ver que um membro da família deficiente retomava alguma pequena capacidade.
Agora compreendo e vejo porque é a minha família vai ao céu por mesmo pequenas melhorias”

sexta-feira, 15 de junho de 2007

encontro em MAIO de 2007 no norte

ESCLEROSE MÚLTIPLA

-- Proposta de Critérios de Tratamento --

A Esclerose Múltipla ( EM) é uma doença crónica imprevisível, que varia clinicamente de doente para doente, com poucas oportunidades terapêuticas e com reacções também variáveis aos diferentes fármacos, no mesmo doente, ao longo do tempo.

A escolha da melhor ocasião e do melhor, ou melhores fármacos para iniciar o tratamento imunomodulador modificador da doença é ainda muito controversa, particularmente nos doentes com síndrome clínico isolado (CIS).

Os candidatos a tratamento por fármacos modificadores da doença devem idealmente preencher os critérios de McDonald para o diagnóstico de EM.

Tem sido demonstrado com evidência crescente de que é benéfico o tratamento precoce, com todos os Interferãos ( embora estes tenham diferentes RCM ). Os novos critérios de diagnóstico de McDonald levam-nos a antecipar o diagnóstico de EM em doentes após o primeiro episódio sugestivo de desmielinização, quando as ressonâncias preenchem certos critérios (McDonald et al, Ann Neurol, 2001, Polman et al, 2005). Estudos apoiando o tratamento precoce evidenciam também que a evolução nos primeiros anos da doença influencia o prognóstico, e que os fármacos são também mais eficazes na fase inicial da doença quando há mais inflamação.

O tratamento deve procurar reduzir ou idealmente parar a actividade da doença, que leva à sua progressão. Para iniciar o tratamento deve escolher-se o agente menos imunogénico, e considerar-se uma mudança ou uma subida de dose em doentes com doença activa persistente apesar da terapêutica, e aplicar as recomendações de optimização da terapêutica (Karussis et al., 2006). O tempo mínimo para determinar se um fármaco está a ser ou não eficaz é de pelo menos seis meses de tratamento.
Os imunomoduladores como os Interferãos beta e o Acetato de Glatiramer são os fámacos de primeira linha no tratamento inicial das formas com Recorrências e Remissões.

Os ensaios com estes agentes nas formas crónicas e progressivas da EM, levaram a concluir que havia menos inflamação nestes subtipos de EM e mais mecanismos neurodegenerativos, sendo também os tratamentos menos eficazes. Qualquer manipulação da rede da reacção autoimune na EM pode provocar efeitos colaterais perigosos e inesperados. Um exemplo espectacular de efeito adverso não antecipado foi a falência do ensaio de fase 1 usando anticorpo monoclonal CD28 (TGN 1412) que estimularia as células T-reguladoras nas doenças autoimunes. Embora testado em diversas espécies animais incluindo primatas, 6 voluntários desenvolveram uma reacção inflamatória grave após a infusão.

As doses elevadas, com administração frequente e iniciadas precocemente, aumentam e prolongam a estabilidade da doença.

Deve sempre ser avaliada a eficácia e a tolerabilidade destes fármacos, avaliando periodicamente os doentes clínica e imagiológicamente, e registando de preferência os dados numa base de dados adequada, que tornará mais fácil o seguimento dos doentes e a decisão de suspender o tratamento, quando se mostrar ineficaz. Os anticorpos neutralizantes devem ser avaliados em situações menos estáveis, e considerar o tratamento se se mantiverem elevados. Os surtos devem ser tratados segundo os critérios existentes (F. Sellebjerg et al., 2005), e sempre que necessário adequar o tratamento sintomático.

Como esta é uma doença progressiva e dispendiosa, o tratamento deve ser optimizado tendo em conta que quanto mais incapacitado estiver o doente mais dispendioso é o tratamento.

O tratamento da EM deve ser estabelecido caso a caso, tendo em conta a heterogeneidade fisiopatológica da doença e dentro do percurso clínico do doente, em cada momento ser susceptível de adaptação da estratégia à evolução da doença, e da eficácia do tratamento, bem como à evolução do conhecimento médico, que tem evoluído muito, com o aparecimento de novos fármacos mais eficazes. O neurologista deve assegurar-se que o doente recebe o melhor tratamento possível em cada fase da doença.

O sucesso da terapêutica depende do diagnóstico, do início precoce do tratamento, do uso do agente terapêutico eficaz, e se necessário da associação, da adesão do doente ao tratamento, que será mais eficaz numa consulta com apoio multidisciplinar, que inclua para além do neurologista, pelo menos enfermeira especialista em EM, urologista, psiquiatra, psicólogo e assistente social. A reabilitação e a actividade física são importantes em todas as fases da doença. Em Dezembro de 2003, o Parlamento Europeu aprovou a resolução dos direitos das pessoas com EM. Entre as normas estratégicas desta resolução foi o alerta para “European Code of Good Practice”, para ser adoptado nos diferentes Estados Membros. Um passo importante para se conseguir esta boa prática Europeia na Reabilitação na EM, teve origem nas Recommendations on Rehabilitation Services for Persons with MS in Europe, uma iniciativa European Multiple Sclerosis Platform (EMSP), com o apoio da Rehabilitation in Multiple Sclerosis (RIMS).
Dada a complexidade da doença, a evolução dos conhecimentos e das terapêuticas, estas consultas deveriam ser efectuadas por especialistas, em hospitais credenciados, e com verbas específicas, para não ser possível actuações economicistas num hospital, ignorando o benefício futuro duma correcta actuação, mesmo que momentaneamente mais dispendiosa.

Maio de 2007
Maria Edite Rio

domingo, 10 de junho de 2007

Esclerose múltipla: financiamento igual ao da SIDA

2007/06/06 13:23

Doença neurológica incapacitante afecta cinco mil portugueses

A esclerose múltipla deve beneficiar de financiamento público similar ao adoptado para os doentes com VIH/Sida, defendeu hoje o presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), Álvaro Almeida.
Álvaro Almeida adiantou à Lusa que foi já transmitida ao Governo esta recomendação, na sequência de um «estudo com o objectivo de avaliar o acesso dos doentes com esclerose múltipla (EM) a consultas externas nos hospitais do SNS (Serviço Nacional de Saúde)». O estudo apurou que «o tratamento essa doença origina perdas financeiras elevadas para o hospital».
A EM é uma doença neurológica incapacitante e de longo prazo, que atinge pessoas entre os 20 e 40 anos, sobretudo mulheres, envolvendo o seu tratamento em regime ambulatório um dispêndio de recursos por doente significativo, que «origina perdas financeiras elevadas para o hospital».
A conclusão é da ERS e surgiu na sequência de uma avaliação «iniciada no ano passado e que só terminou em Abril», segundo Álvaro Almeida.
O problema prende-se com «o sistema de remuneração das consultas externa, que deixa para os hospitais cerca de 75 por cento do custo total.
É por isso que a ERS propõe que o tratamento da esclerose múltipla seja financiado, tal como o da sida, em que os hospitais recebem «um valor fixo por cada doente», explica Álvaro Almeida.
O referido estudo concluiu que «existem 10 hospitais onde o acesso de doentes com EM a consultas externas é anormalmente baixo», o que, segundo Álvaro Almeida, resulta do facto de haver «um desvio [de doentes] de uns hospitais para outros», nomeadamente de unidades locais para centrais, aparentemente por razões financeiras.
Não há notícia de que algum hospital tenha rejeitado um doente, afirma, a propósito, a presidente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, Manuela Martins.
A ERS considera, no entanto, que «a actual forma de financiamento das consultas externas» leva os hospitais do SNS a quererem «diminuir a admissão de doentes com EM».
Em Portugal há cerca de 5.000 pessoas com EM, das quais 3.500 estão a ser tratadas.
De acordo com o Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla (GEEM), citado pela ERS, «o Estado português gasta anualmente pelo menos cerca de 35 milhões de euros» a tratar esses doentes, à razão de dez mil euros por cada um.
Um estudo efectuado por dois investigadores da Escola Nacional e Saúde Pública, João Pereira e Céu Mateus, indica, porém, valores mais elevados, apontando 11.500 euros para casos menos graves e o dobro para os mais complicados. A factura mais pesada é a relacionada com os medicamentos, que é encargo dos hospitais.
A ERS também fez as suas contas, «com base em elementos fornecidos pelo departamento financeiro de um hospital central» referentes a 2005, sendo os valores apurados de 10.150 para medicação, podendo o hospital receber cerca de 3.000 euros.
Fonte: PortugalDiário

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Olá!!!!
Só quero dar-vos um beijinho de parabéns por mais esta iniciativa.
MILA

Hospitais recusam doentes com esclerose múltipla

06-Jun-2007
Nos últimos meses, na sequência de algumas queixas sobre situações de rejeição em certos hospitais, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) elaborou um estudo sobre o acesso de doentes de esclerose múltipla ao tratamento nos hospitais públicos. As conclusões foram reveladas ontem e a ERS aponta seis hospitais "com um número de doentes anormalmente baixo". A causa apontada é o financiamento das consultas destes doentes, que é contrário à lógica da rentabilidade financeira da gestão hospitalar.O tratamento em ambulatório da esclerose múltipla tem um custo elevado e o custo de cada consulta num hospital é bastante superior ao preço único pago pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) por consulta.

Para a ERS, "dado o actual sistema de pagamento aos hospitais do SNS pela produção em consultas externas, o risco financeiro da admissão de doentes com EM encontra-se do lado do hospital", pelo que "a actual forma de financiamento das consultas externas proporciona um racional económico para os hospitais do SNS quererem diminuir a admissão de doentes com esclerose múltipla". Nas contas dos reguladores, "cada doente com esclerose múltipla implica uma perda financeira para o hospital que poderá rondar os € 7.250 só em custos da medicação, uma parte dos custos totais de tratamento da EM em consulta hospitalar". A ERS calculou a poupança dos hospitais com um índice anormalmente baixo de admissão destes doentes. Dois dos seis hospitais analisados terão poupado cada um cerca de um milhão de euros em 2005, em custos com as consultas externas, por estarem muito abaixo do rácio nacional.

A Entidade Reguladora propõe nas suas recomendações ao governo que o Estado deve encontrar alternativas de financiamento, nomeadamente "Um modelo de financiamento dos prestadores de cuidados de saúde com as características do esquema de financiamento adoptado para os doentes com infecção VIH/sida, estabelecendo um valor mensal a atribuir aos hospitais por cada doente com esclerose múltipla admitido a tratamento". Esta alternativa poderá, segundo a ERS, "reduzir o risco de comportamentos que violem o direito dos utentes de acesso aos cuidados de saúde."A ERS propõe ainda uma avaliação do grau de cumprimento da actual Rede de Referenciação de Neurologia e diz que se necessário for, "a rede deverá ser remodelada de modo consentâneo com os objectivos de garantia de acesso dos utentes a cuidados de neurologia, garantindo a sua exequibilidade e promovendo o seu cumprimento por parte dos hospitais". Daqui a um ano, a ERS promete voltar a avaliar as consultas externas aos doentes com esclerose múltipla nos hospitais públicos e saber se os resultados mostram que a recomendação de agora conseguiu alterar as situações de discriminação.

O Gang da Esclerose Múltipla

O grupo nasceu em 2004 e é constituído por pessoas todas diferentes, com mais do que uma doença em comum. A amizade mantém o Gang unido para além das dormências, da fadiga, dos surtos, dos esquecimentos e da distância. Tudo se faz para estarmos bem e juntos.

No início, o Gang da EM encontrava-se apenas no MSN. Já lá vão três anos desde a primeira conversa entre os primeiros três membros! :) E muito foi feito desde então, por isso vamos escrevendo por aqui a história deste nosso grupo tão especial. Porque há sempre muito a dizer sobre o Gang, a EM e o mundo, é das nossas vidas que aqui se fala!

Este blog é só mais uma aventura nesta nossa caminhada. Vamos tentar reunir notícias, novidades, desabafos, experiências, temas relacionados ou não com a esclerose múltipla, enfim, tudo o que possa interessar à nossa comunidade. Tudo o que for importante, pode ser publicado com muita facilidade e em tempo útil aqui. O blog é de todos, ajuda-nos a construí-lo: envia as tuas ideias e dicas para o nosso email ou comenta.

Na coluna do lado direito estão alguns links, e existe um para o site do Gang onde podes encontrar fotografias, links, jogos e outros recursos. Obrigado pelo teu trabalho Matias!

Já não tens desculpa para ficar parado, manifesta-te, comunica-te!