Pesquisadores do Trinity College de Dublin, em colaboração com colegas do Departamento de Neurologia da Universidade de St Vincent Hospital e da University College de Dublin têm revelado novos indicadores sobre alterações cognitivas na esclerose múltipla, usando métodos de processamento de sinais desenvolvidos recentemente.
A pesquisa multidisciplinar envolveu neurologistas, engenheiros biomédicos e neuropsicólogos. O seu objectivo é avaliar o agravamento cognitivo que afecta cerca de 65% dos portadores de esclerose múltipla (EM) e pode ocorrer mesmo na ausência de deficiência física.
Disfunções na velocidade de processamento de informação, funções de memória, atenção e executivo são frequentemente observados em pacientes com EM, o que tem um impacto negativo sobre a vida quotidiana. É importante identificar o prejuízo cognitivo tão cedo quanto possível e monitorizar o seu percurso frequentemente. No entanto, testes neuropsicológicos para avaliar a função cognitiva são realizados com pouca frequência e não fornecem uma informação objetiva do agravamento cognitivo.
Foi agora efectuada uma nova abordagem á análise das alterações cognitivas, através do desenvolvimento de novos métodos matemáticos para extrair informações do couro cabeludo, com eletroencefalografia (EEG), informações que permitem a medição objetiva da função cognitiva em intervalos mais frequentes e oferece ainda novos dados sobre as origens desta deficiência cognitiva na EM.
Os resultados foram publicados no jornal online PLoS ONE .
Sem comentários:
Enviar um comentário