terça-feira, 30 de março de 2010

Teste identifica doentes com EM que respondem a tratamento com interferão beta


Uma investigação publicada online na revista Nature Medicine sugere que pode haver duas versões distintas de esclerose múltipla (EM), e que a resposta do doente à primeira linha de tratamento com interferão beta parece depender de qual versão da doença o doente sofre. O investigador principal do estudo, Lawrence Steinman disse que "muitas pessoas que estão a tomar interferão beta não o deveriam fazer porque pode mesmo tornar a sua condição pior".

No estudo, os investigadores examinaram ratos com uma desordem induzida semelhante à EM e descobriram que há dois diferentes subtipos da doença. Num dos subtipos, a doença é impulsionada pela presença de células imunes IL1, explicam os cientistas, enquanto que no outro subtipo a EM é causada pelas células IL-17. Os investigadores validaram as suas descobertas com amostras de sangue de 26 doentes com EM, e demonstraram que doentes com altos níveis de IL1 não experimentaram surtos ou necessidade de uso de esteróides quando tomavam interferão beta, enquanto que os doentes com altos níveis de IL-17 apresentaram sintomas agravados quando seguiram essa terapia.

"Se estes resultados forem confirmados em grandes estudos em seres humanos, as pessoas com EM podem algum dia serem capazes de fazer um simples exame de sangue para ver se são susceptíveis de responder ao tratamento com a terapia padrão para a EM", explicou Steinman.

Fonte: rcmpharma.com/news/

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