Alinho com gosto no desafio do Gang de Esclerose Múltipla, não só porque adoro a palavra Gang mas também porque sou de opinião que uma doença - e esta é grave - se combate com tratamento médico (coisas que só os médicos podem dar) mas também com alegria, solidariedade, teimosia, alguma rebeldia, provocação, indignação, muita força e tudo o mais que venha à rede!
Por acaso há anos foi-me diagnosticada (felizmente erradamente) uma parente próxima da esclerose múltipla. E dei por mim a fazer contas à vida. Por acaso sabia algo da doença, pelo modo como geralmente uma pessoa sabe estas coisas: a Nini, minha amiga e irmão do meu colega de liceu Pedro, a quem a doença foi fazendo mal e mal e mal. Logo ela que era uma pessoa boa e boa e boa. E, por acaso, médica - ainda hoje em Grândola se lembram de como ela, mesmo doente, fazia aquilo em que os médicos quando são bons sabem: santos, santos médicos, como o dr. Sousa Martins, cuja estátua é culto de fé diante - oh, ironia, ou talvez não - da Faculdade de Medicina de Lisboa.
Em resumo: estou aliviado de não ter Esclerose Múltipla, mas orgulhoso (íssimo) de poder trabalhar com o Gang da Esclerose Múltipla.
Rui Zink, Escritor e Professor Universitário
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