terça-feira, 5 de julho de 2011

O poder da canela no tratamento da esclerose múltipla


Um neurologista da Rush University Medical Center, EUA, recebeu uma autorização do National Institutes of Health (NIH) para avaliar se a canela, uma especiaria amplamente usada na culinária, poderá parar o processo destrutivo da esclerose múltipla.


"Desde os tempos medievais, que os médicos têm usado a canela para tratar uma variedade de distúrbios, incluindo tosse, artrite e dores de garganta", disse, em comunicado de imprensa, o principal investigador do estudo, Kalipada Pahan, acrescentando que as "descobertas iniciais (que fizemos) em estudos realizados em ratinhos indicam que a canela pode também ajudar aqueles que sofrem de esclerose múltipla."


A activação das células gliais no cérebro tem sido implicada na patogénese de várias doenças neurodegenerativas além da esclerose múltipla, como Alzheimer e Parkinson. A activação das células gliais conduz a uma acumulação e segregação de factores de neurotoxina diferentes que causam diversas respostas auto-imunes causadoras de lesão cerebral.


"Essas reacções auto-imunes no cérebro levam, por fim, à morte dos oligodendrócitos, um tipo de célula cerebral que protege as células nervosas e a bainha de mielina. No entanto, a canela tem uma propriedade anti-inflamatória que combate e inibe a activação glial que provoca a morte das células cerebrais", explica Pahan.


Em estudos anteriores, Pahan foi capaz de demonstrar que o benzoato de sódio, um metabolito da canela, pode inibir a expressão de várias moléculas pró-inflamatórias nas células cerebrais e bloquear o processo da doença em ratinhos.


Diferentes doses de benzoato de sódio foram misturadas em água potável e administradas aos roedores. No modelo animal, a substância eliminou a pontuação de esclerose múltipla em mais de 70% e inibiu a incidência da doença em 100%.


Fonte: Life Sciences Computing



1 comentário:

Naná Rebelo disse...

Fantástico! Não há um único dia em que não coma canela. Adoro, no café!
Abraços a todos.